quando você pinta tinta nessa tela cinza
quando você passa doce dessa fruta passa
quando você entra mãe-benta amor aos pedaços
quando você chega nega fulô boneca de piche
flor de azeviche
você me faz parecer menos só
menos sozinho
você me faz parecer menos pó
menos pozinho
quando você fala bala no meu velho oeste
quando você dança lança flecha estilingue
quando você olha molha meu olho que não crê
quando você pousa mariposa morna lisa
o sangue encharca a camisa
quando você diz o que ninguém diz
quando você quer o que ninguém quis
quando você ousa lousa pra que eu possa ser giz
quando você arde alardeia sua teia cheia de ardis
quando você faz a minha carne triste quase feliz...
Escutei Zeca Baleiro por primeira vez nm Festival de Inverno em Garanhus-Pe..foi amor a primera vista...entrou no Palco de Bicleta..cantando Vô Imbolar...seu segundo álbum, no dia seguinte estava impregnada de Zeca e desde então gosto dele...como gosto de Chico- O Buarque, o César, como gosto de Oswaldo Montenegro e outros...´há algumas músicas que vão fundo naquilo que sentimos, é como se alguém tivesse roubado nossas idéias e dito o que, em algum momento teríamos gostado de dizer, mais é um roubo bom, pq se tivesse sido dito por nós, certamente não teria a mesma magnitude poética que consegue dá esses cantores...Passamos momentos na vida que gostaríamos de dizer coisas boas as pessoas que amamos, a pessoa que nos faz parecer "menos sozinhas"... E eu encontrei você... e vc me faz parecer assim...me deixa feliz e contente por ter nessa estrada encontrado vc...não sei onde vamos, nem para onde vamos mais até aqui...caminhar contigo tem sido maravilhoso...
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