versione brasiliana: Vinicius de Moraes/Chico Buarque
Dice che era un bell'uomo e veniva,
veniva dal mareparlava un'altra lingua,
però sapeva amaree quel giorno lui prese a mia madre
sopra un bel prato,
l'ora più dolce prima di essere ammazzato
Così lei restò sola nella stanza,
la stanza sul portocon l'unico vestito,
ogni giorno più cortoe benché non sapesse il nome e neppure il paesem'aspettò come un dono d'amore fino dal primo mese
Compiva sedici anni quel giorno la mia mammale strofe di taverna le cantò a ninna nannae stringendomi al petto che sapeva,
sapeva di maregiocava a far la donna col bimbo da fasciare
E forse fu per gioco o forse per amoreche mi volle chiamare come
Nostro Signoredella sua breve vita il ricordo,
Il ricordo più grossoè tutto in questo nome che io mi porto addossoe ancora adesso che bestemmio e bevo vinoper la gente del porto mi chiamo Gesù Bambino
http://www.vivabrasil.it/\w2000\dic\donaflor.htm
Chico...Como se pode ser assim? tão sensível, tão terno...mesmo qd fala de coisas cotidianas e até tristes.... ou até mesmo quando se enamora pelo q não escreveu....
"Minha História"
Minha história (Gesùbambino)Dalla - Palotino -
versão de Chico Buarque/1970
Ele vinha sem muita conversa, sem muito explicar
Eu só sei que falava e cheirava e gostava de mar
Sei que tinha tatuagem no braço e dourado no dente
E minha mãe se entregou a esse homem perdidamente
Ele assim como veio partiu não se sabe pra onde
E deixou minha mãe com o olhar cada dia mais longe
Esperando, parada, pregada na pedra do porto
Com seu único velho vestido cada dia mais curto
Quando enfim eu nasci minha mãe embrulhou-me num manto
Me vestiu como se eu fosse assim uma espécie de santo
Mas por não se lembrar de acalantos, a pobre mulher
Me ninava cantando cantigas de cabaré
Minha mãe não tardou a alertar toda a vizinhança
A mostrar que ali estava bem mais que uma simples criança
E não sei bem se por ironia ou se por amor
Resolveu me chamar com o nome do Nosso Senhor
Minha história é esse nome que ainda hoje carrego comigo
Quando vou bar em bar, viro a mesa, berro, bebo e brigo
Os ladrões e as amantes, meus colegas de copo e de cruz
Me conhecem só pelo meu nome de Menino Jesus
Que sensibilidade e inteligência em expressar o cotidiano e o "vulgar" no belo!
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